terça-feira, 29 de novembro de 2011

PROJETO CONSCIENCIA NEGRA

INSTITUIÇÃO:
MUNICÍPIO :
ESTADO:
TEMA DO PROJETO: Trabalhando o Respeito e a Valorização das Relações Étnico-Racial na Educação Infantil de Forma Lúdica
TEMPO DE EXECUÇÃO: 08/11/2010 a 19/11/2010
TURMAS ENVOLVIDAS: Berçário I, Berçário II, Maternal I (A e B) e Maternal II
TURNO:
PROFESSORAS:
DIREÇÃO:
COORDENAÇÃO:
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Comunicação e Expressão, Raciocínio lógico Matemático, Ciências Naturais e Arte.

JUSTIFICATIVA

O presente projeto, intitulado “ Trabalhando o Respeito e a Valorização das Relações Étnico-Racial na Educação Infantil de Forma Lúdica”, visa conscientizar e destacar as principais contribuições dos povos negros na formação da identidade cultural do povo brasileiro. A escola infantil deve preparar as crianças desde cedo para adquirirem uma consciência crítica com atitudes positivas de respeito e valorização étnico-racial.
Busca-se com este projeto levar em consideração a Lei nº 10.639/03, que altera a LDB ( Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no cuurículo escolar na Educação Básica e o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente ( Lei 8.096, de 13 de junho de 1990), bem como no Plano Nacional de Educação ( Lei 10.172, de 9 de janeiro de 2001).
A escola é formada por diversos grupos étnico-racial. Assim sendo, as instituições de ensino devem desempenhar o papel de educar, se constituindo em espaço democrático de produção e divulgação de conhecimento e de posturas que visam uma sociedade mais justa.
A escola tem o papel preponderante na eliminação das discriminações e na emancipação dos grupos discriminados ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, aos registros culturais diferenciados, à conquista da racionalidade que rege as relações sociais e raciais e aos conhecimentos avançados, indispensáveis para a consolidação e o concerto das nações como espaços democráticos e igualitários.
É preciso educar as crianças para a quebra de preconceitos, promovendo a inclusão social das etnias para uma convivência saudável no espaço em que estão inseridas.
Portanto, a educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre brancos e negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para construção de uma sociedade mais justa, igual e equânime.

CONTEÚDOS:
Linguagem Oral : diálogo, histórias infantis e cantigas infantis .
Linguagem escrita: desenhos e garatujas.
Linguagem Sonora Musical: expressão corporal, relações sócio-afetivas e faz de conta.
Linguagem Plástica: garatujas simples, modelagem, picotagem e pintura.
Espaço: conceito de posição ( longe/perto lado/atrás, frente/costas)
Classificação: gênero, formas e cores.
Ser Humano: características físicas do ser humano e suas relações na vida atual.

OBJETIVO GERAL
Desenvolver a consciência nos alunos (as) do respeito e da valorização dos povos negros, da cultura africana e afro-brasileira na sociedade, destacando a importância dos mesmos na construção da identidade do povo brasileiro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Criar estratégias de ensino que leve o aluno à:

- despertar e adquirir a conciência do respeito da identidade dos povos africanos;
- conhecer e repeitar a cultura afro-brasileira;
- reconhecer som afro;
- conhecer contos e lendas africanas;
- conviver com as diferenças étnico-raciais de forma respeitosa através do diálogo;
- desenvolver a linguagem oral através de cantigas de origem africana;
- levantar suas hipóteses em relação aos principais personagens dos contos infantis relacionados com este tema;
- desenvolver a coordenação motora grossa e fina;
- conhecer e revisar as cores;
- conhecer os conceitos longe/perto, lado/atrás, frente/costas através de desenhos relacionados com este tema;
- identificar o gênero masculino e feminino respeitando as diferenças físicas de cada um;

DESENVOLVIMENTO:

O desenvolvimento do projeto será em consonância com os conteúdos propostos e será feito através de atividades coletivas e individuais com os alunos, e com a interação professor e aluno. Algumas atividades serão sistematizadas e realizadas em sala de aula e outras extra-classe. Este projeto será acompanhado pela direção e coordenação pedagógica da instituição.
Será elaborado o planejamento semanal de ensino para a execução das atividades propostas neste projeto.

ATIVIDADES PROPOSTAS:
Berçário I e Berçário II

-Teatro com fantoche;
- cantigas de origem africana;
- sons africanos;
- DVD infantil relacionado com o tema;
- Brincadeiras com brinquedos de origem africana.
- Pinturas;
- contos infantis- diversidade.

Maternal I e Maternal II
- Contos infantis ( Menina Bonita do Laço de Fita, Autora: Ana Maria Machado), (O Cabelo de Lelê Autora: Valéria Belém), (A linda garota de Angola Autora: Ana Gizélia Vieira), (O ratinho branco e o grilo sem asas Autora: Maria Amanda Capelão) entre outros.
- Cantigas infantil ( escravos de jó, roda pião, boi da cara preta etc.);
- painel diversidade ( com fotos dos alunos) e do conto “ Menina Bonita do Laço de Fita;
- DVD infantil relacionado com o tema;
- Culinária afro-brasileira;
- Desenhos para colorir- diversidade
- Pinturas;
- Teatro com fantoche ( Menina Bonita do Laço de Fita);
- Poesias ilustradas- diversidade;
- Brincadeiras afro-brasileira ( pião,
- Leitura de imagens de animais africanos, figurino africano etc.
- Trava línguas.
- Apresentação de dança ( Nêga Maluca).

RECURSOS DIDÁTICOS:
Sulfite, cartolina, papel manilha, fita larga, cola quente, macarrão, EVA, tinta guache, lápis de cor, giz de cera, pincel atômico, CDs, aparelho de som, máquina fotográfica digital, televisão, DVD, livros de contos infantis, jogos pedagógicos, crepom etc.

CULMINÂNCIA

Será feita uma amostra das atividades realizadas pelas turmas envolvidas neste projeto no pátio da instituição para as demais turmas de alunos e pais visualizarem.
Ainda, poderão ser realizadas apresentações artísticas ( danças, músicas e teatro) pelas turmas envolvidas no projeto.

AVALIAÇÃO:
A avaliação será feita através de registro por parte dos professores das turmas acima, através da observação e do desenvolvimento da aprendizagem dos alunos frente as atividades propostas durante a realização deste projeto.
O relatório final da avaliação da aprendizagem será entregue para a Coordenação Geral da Educação Infantil deste município, e outra cópia para a Coordenação Pedagógica desta instituição.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Diretrizes Curriculares pa a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Brasília, MEC, outubro, 2005.

Poesias com o tema "Dia nacional da Consciência Negra"

poesias com o tema "Dia nacional da Consciência Negra"
CONSCIÊNCIA NEGRA

NEGROS OU BRANCOS
PARDOS OU VERMELHOS
A COR NÃO CONTA
A COR NÃO CANTA!
A COR NÃO ESTAMPA
A VIRTUDE DE NINGUÉM...
BRANCOS OU NEGROS
VERMELHOS OU PARDOS
A COR NÃO IMPORTA
A COR NÃO É FALTA...
E NÃO CULPA NINGUÉM!
SEJA QUAL FOR A RAÇA...
CATIVA E ENCANTA
CONQUISTA E BALANÇA
O CORAÇÃO DA GENTE
GENTE INTELIGENTE...
QUE TEM...
PUREZA DE ALMA!...
por Nair Lúcia de Britto
retirado do site http://www.revistapartes.com


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Consciência negra

Chega de racismo
De história mal contada
Chega de hipocrisia
De mentira esfarrapada
Esse preconceito infeliz
Que por aí diz
Que negro não vale nada.
O negro também precisa
Ser privilegiado
Chega de arrogância
Branco tenha cuidado
Com o preconceito em alta
Pois quem muito se exalta
É sempre humilhado.
Preto, branco e mulato
Vamos nos unir
O preconceito é horrível
E não é para existir
Já que todos somos irmãos
Essa grande nação
Espalhada por aí.

A consciência negra
Quer exatamente
Provar que somos iguais
E não diferentes
São lutas populares
Como as de Zumbi dos Palmares
Que morreu pela sua gente.

É preciso desde já
Com amor todo gentil
Acabar com o preconceito
E ver em nosso Brasil
O negro sorrindo tanto
Como a Daiane dos Santos,
Pelé e Gilberto Gil.

de Francisco Carneiro Barbosa
Site: http://www.mundojovem.pucrs.com.br


Vozes

Quando virá a alforria?
Sinto ainda o chicote
Nas costas torturadas
Pelo desprezo, do nada,
Do que sou, do que fui,
De onde nem sei se vou...

Quando virá o dia
Em que soltarão os grilhões,
Cicatrizarão as feridas
E terei amor pela vida
Que o futuro pode me proporcionar?

Vozes na lembrança,
Choros incontidos,
Estalos cortando o ar e os feridos
A cantar...Sempre cantando suas dores,
Na maneira exata de dizer:
Sou gente!Independente de não querer...

Quando???

Angela Padilha
retirado do site: http://www.blocosonline.com.br

Temas: NEGRO (POEMA)

Temas: NEGRO

Consciência negra

Chega de racismo
De história mal contada
Chega de hipocrisia
De mentira esfarrapada
Esse preconceito infeliz
Que por aí diz
Que negro não vale nada.
O negro também precisa
Ser privilegiado
Chega de arrogância
Branco tenha cuidado
Com o preconceito em alta
Pois quem muito se exalta
É sempre humilhado.
Preto, branco e mulato
Vamos nos unir
O preconceito é horrível
E não é para existir
Já que todos somos irmãos
Essa grande nação
Espalhada por aí.

A consciência negra
Quer exatamente
Provar que somos iguais
E não diferentes
São lutas populares
Como as de Zumbi dos Palmares
Que morreu pela sua gente.

É preciso desde já
Com amor todo gentil
Acabar com o preconceito
E ver em nosso Brasil
O negro sorrindo tanto
Como a Daiane dos Santos,
Pelé e Gilberto Gil.


de Francisco Carneiro Barbosa
Trairi - CE - por carta

Dia da Consciência Negra e o herói chamado Zumbi

Zumbi foi o grande líder do quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência antiescravagista. Pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de Português e Latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco. Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Zumbi (Francisco). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.

O nome Palmares foi dado pelos portugueses, em razão do grande número de palmeiras encontradas na região da Serra da Barriga, ao sul da capitania de Pernambuco, hoje, estado de Alagoas. Os que lá viviam chamavam o quilombo de Angola Janga (Angola Pequena). Palmares constituiu-se como abrigo não só de negros, mas também de brancos pobres, índios e mestiços extorquidos pelo colonizador. Os quilombos, que na língua banto significam "povoação", funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de resistência à escravidão, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares.

O Quilombo dos Palmares existiu por um período de quase cem anos, entre 1600 e 1695. No Quilombo de Palmares (o maior em extensão), viviam cerca de vinte mil habitantes. Nos engenhos e senzalas, Palmares era parecido com a Terra Prometida, e Zumbi, era tido como eterno e imortal, e era reconhecido como um protetor leal e corajoso. Zumbi era um extraordinário e talentoso dirigente militar. Explorava com inteligência as peculiaridades da região. No Quilombo de Palmares plantavam-se frutas, milho, mandioca, feijão, cana, legumes, batatas. Em meados do século XVII, calculavam-se cerca de onze povoados. A capital era Macaco, na Serra da Barriga.

A Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista, vulto de triste lembrança da história do Brasil, foi atribuído a tarefa de destruir Palmares. Para o domínio colonial, aniquilar Palmares era mais que um imperativo atribuído, era uma questão de honra. Em 1694, com uma legião de 9.000 homens, armados com canhões, Domingos Jorge Velho começou a empreitada que levaria à derrota de Macaco, principal povoado de Palmares. Segundo Paiva de Oliveira, Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, vítima da traição de Antônio Soares. “O corpo perfurado por balas e punhaladas foi levado a Porto Calvo. A sua cabeça foi decepada e remetida para Recife onde, foi coberta por sal fino e espetada em um poste até ser consumida pelo tempo”.

O Quilombo dos Palmares foi defendido no século XVII durante anos por Zumbi contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravidão. O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.

A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.

Amélia Hamze
Profª da FEB/CETEC
ISEB/FISO-Barretos
ahamze@uol.com.br